Cada vez mais, o Bitcoin sai da obscuridade para se tornar conhecido do grande público e reconhecido por especialistas. Isso porque o mercado financeiro considera esse ativo digital como uma alternativa de investimento interessante.

Apesar da desconfiança dos investidores mais tradicionais, a resiliência do Bitcoin durante os anos está conquistando as opiniões adversas e conquistado novos adeptos.

Para explicar mais sobre o assunto, convidamos o professor Bruno Diniz, cofundador da Spiralem (empresa de consultoria focada em inovação para o mercado financeiro), head para a América do Sul na FDATA, head de fintech em nome da ABStartups e autor do livro O Fenômeno Fintech, best-seller na categoria bancária na Amazon Brasil.

O que é?

Com surgimento datado de 2008, o Bitcoin foi citado pela primeira vez em um artigo por Satoshi Nakamoto (uma pessoa ou um grupo, não se sabe ao certo) para definir esse ativo digital que não tem emissão nem é mantido por uma entidade centralizada, como o banco central de um país, mas pelos membros de sua rede, de forma distribuída e descentralizada.

É bom ter em mente que “ativo” são os bens, valores, créditos e direitos que formam o patrimônio de uma pessoa – física ou jurídica. O Bitcoin não é físico ou tangível, como cédulas de dinheiro, cheques e equipamentos, por exemplo, por isso é um ativo digital.

Ele também é categorizado como um criptoativo (ou criptomoeda), porque utiliza a criptografia avançada para assegurar as transações, assim como Ethereum, Litecoin, Monero entre outros ativos digitais.

É interessante investir?

Essa pergunta ainda é muito comum entre as pessoas. Diniz explica que, por ser um ativo um ativo de alta volatilidade, não costuma ser indicado para pessoas que possuem forte perfil conservador.

Identifique seu perfil de investidor aqui!

“De qualquer forma, o histórico desse ativo nos mostra que o Bitcoin pode ser um bom investimento, desde que estejamos conscientes e preparados para sua alta volatilidade”, orienta.

O comportamento do Bitcoin, segundo o professor, é contracíclico como o ouro, na maioria das vezes. “Eles são considerados um refúgio para investidores em momentos de crise global. Essa característica de ‘proteção’ acaba sendo interessante dentro do contexto de um portifólio de investimentos.”

As pessoas que têm mais tolerância ao risco podem se interessar em possuir uma pequena exposição em criptoativos, a princípio, até que se compreenda melhor sua dinâmica para aumentar o investimento.

Como comprar?

“Sempre que pensar em adquirir criptoativos tenha muito claro qual o seu perfil de investidor. Essa regra serve para qualquer ativo volátil, como são as ações, e previne futuras dores de cabeça. Além disso, é importante estar atento a algumas ofertas de investimento com retornos exorbitantes e ‘garantidos’, supostamente relacionados aos criptoativos. Muitas vezes são fraudes em que tais projetos nada tem a ver com Bitcoin, mas se utilizam do termo como isca para novas vítimas”, alerta Diniz.

A compra pode ser realizada diretamente com alguém que possui bitcoins (procedimento P2P – pessoa para pessoa) ou via corretora especializada, as exchanges. Diniz explica que o Bitcoin é uma via alternativa e digital ao sistema financeiro tradicional, mas é importante ficar de olho em empresas que prometem ganhos exorbitantes ou garantidos.

E a mineração?

A criação de novos bitcoins assim como a obtenção desse ativo são processos ligados à mineração. Isso significa que pessoas ou empresas com poder computacional para a resolução de cálculos matemáticos na criação de novos “blocos” de registros de transações do ativo na rede podem ser mineradores. E eles são remunerados em Bitcoin pela colaboração.

O que é o blockchain?

Por ser um ativo digital escasso, que não permite criar várias cópias de uma unidade específica como é feito com um arquivo de música, por exemplo, o Bitcoin depende que suas transações sejam registradas em um tipo de livro razão digital, com cópias espalhadas em diferentes computadores na rede, atualizadas constantemente.

Tais registros são feitos em blocos imutáveis de informações, que depois de fechados, se encadeiam com novos blocos de forma sequencial, formando o blockchain (cadeia de blocos, em português).

Além de segurança, esses blocos impedem problemas com o gasto duplo, por exemplo, que seria o ato de utilizar os mesmos bitcoins mais de uma vez em diferentes transações.

“Tudo isso garante que as pessoas possam enviar recursos de forma segura, transparente e direta, sem a necessidade de um agente intermediário que garanta a sua execução. A tecnologia blockchain é intrínseca ao Bitcoin”, explica Diniz.

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