As práticas bem-sucedidas adotadas por países desenvolvidos, ditos de “primeiro mundo”, cujas nações lideraram o processo de industrialização em seu início, fazem com que eles alcancem um nível mais elevado de desempenho em seus sistemas educacionais.
Os fatores que contribuem para a excelência educacional nessas regiões são:
- Investimento: alocam uma parcela significativa do seu PIB para o setor educacional, permitindo a construção de infraestrutura adequada, contratação de professores qualificados, fornecimento de materiais e atualização constante dos currículos.
- Valorização dos Professores: atrai profissionais talentosos para a carreira docente e oferece estímulos ao desenvolvimento e motivação dos educadores.
- Formação e Capacitação: professores passam por um rigoroso processo de formação e capacitação contínua para aprimorar suas habilidades de ensino.
- Currículo e Metodologias: a abordagem educacional enfatiza metodologias de ensino mais inovadoras e práticas.
- Acesso universal à Educação: independentemente de origem socioeconômica, gênero ou localização geográfica.
- Políticas Educacionais: consistentes e orientadas para resultados, são adaptadas de acordo com as necessidades do país e das comunidades escolares.
- Parcerias Público-Privadas: parcerias entre instituições públicas e privadas podem fornecer recursos adicionais e novas oportunidades para a educação.
Não por acaso, os países europeus ocupam o topo da lista do último ranking mundial de competitividade econômica global realizado pelo IMD (Instituto Internacional de Desenvolvimento Gerencial), que analisa por meio de dados coletados e classifica países de acordo com a forma como eles gerenciam suas competências para alcançar criação de valor a longo prazo.
Em colaboração com instituições locais, o Instituto Internacional coletou dados e avaliou a competitividade de 64 economias ao redor do mundo por meio de diversos critérios, sendo um deles a qualidade da educação, entre as quais o Brasil ocupa a 60ª posição.
O relatório aponta que as performances governamental e econômica são fatores que impulsionam a qualidade de vida dos cidadãos como um todo, promovendo progressos em várias dimensões da sociedade.
É fato que a qualidade e competência do sistema educacional estão diretamente relacionadas à eficiência econômica de um país, mas este não é o único aspecto determinante dessa característica.
A estrutura e a organização do sistema de ensino, bem como as metodologias e práticas pedagógicas adotadas também são componentes essenciais dessa receita, que começa a ser preparada desde os primeiros anos escolares da população.
Uma pesquisa publicada na revista Ibero-americana de Estudos em Educação, que compara a estrutura e o funcionamento da Educação Básica espanhola e da Educação Básica brasileira, fornece análise detalhada das diferenças entre elas, apontando quais características são responsáveis pelo bom desempenho do sistema educacional espanhol.
Nesse sentido, o estudo destaca três principais âmbitos sobre os quais a legislação espanhola, voltada à educação, tem mantido seu foco, sendo estes: as TCI’s (Tecnologias da Informação e Comunicação), o estímulo ao plurilinguismo e a modernização da Formação Profissional.
Comprovando, portanto, que as instituições europeias, como a Universidade de Barcelona, a melhor universidade da Espanha e uma das melhores do mundo, contam com um sistema de ensino consolidado e eficiente, que oferece qualidade e maior competitividade aos estudantes formados frente ao cenário global.